No passado dia 14 deixou-nos para sempre, Maria da Piedade Almeida. Tinha 95 anos. Curvo-me perante a figura desta mulher de grande carácter e firmeza a quem a PIDE matou o marido em Janeiro de 1949, ficando sem quaisquer meios de subsistência e com uma filhinha para criar, e que lutou incansavelmente, antes e depois do 25 de Abril, para que se fizesse justiça e a morte do marido, António Lopes de Almeida, não ficasse esquecida.
A morte atroz de António Lopes de Almeida, operário da Marinha Grande, às mãos da sinistra polícia política, a PIDE, quando se encontrava detido no Aljube, já por mim tinha sido evocada neste blogue. Mas gostaria de vos deixar o testemunho oral de Maria da Piedade Almeida aqui assinalado e que expressa bem toda a dor e sofrimento por que passou esta família.
As minhas sinceras condolências à família.
Honra à sua Memória!
3 comentários:
Bem hajas Júlia.
Obrigada amiga por destacares quem por obras valorosas se foi da lei da morte libertando!
Muito bonito! Graças a esses e a muitos heróis anónimos é que hoje podemos viver em liberdade - malgré tout...
Beijinho,
é preciso honrar a memória e ajudar a lembrar porque o momento é difícil. Só ouvimos falar em capital, retiram-nos parte do essencial neste capítulo MAS a verdadeira crise - a de independência, liberdade e cultura lusa - fica escondida por detrás desta cortina económica que nos transforma...em quê?...em que é que nos transforma?
Hoje, 30 de Novembro homenageio a amiga e lutadora incansável. Beijos de parabéns Júlia.
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