No passado dia 14 deixou-nos para sempre, Maria da Piedade Almeida. Tinha 95 anos. Curvo-me perante a figura desta mulher de grande carácter e firmeza a quem a PIDE matou o marido em Janeiro de 1949, ficando sem quaisquer meios de subsistência e com uma filhinha para criar, e que lutou incansavelmente, antes e depois do 25 de Abril, para que se fizesse justiça e a morte do marido, António Lopes de Almeida, não ficasse esquecida.
A morte atroz de António Lopes de Almeida, operário da Marinha Grande, às mãos da sinistra polícia política, a PIDE, quando se encontrava detido no Aljube, já por mim tinha sido evocada neste blogue. Mas gostaria de vos deixar o testemunho oral de Maria da Piedade Almeida aqui assinalado e que expressa bem toda a dor e sofrimento por que passou esta família.
As minhas sinceras condolências à família.
Honra à sua Memória!