terça-feira, fevereiro 28, 2006

Aos Meus Amigos

Não sei ser alegre
com hora marcada
em data específica.
Perversas e doridas
as palavras escasseiam.
Sabem a sal.

A cada momento
invento a coragem.
Para amar
para continuar
para ser.

Deixo-vos as palavras do poeta.
(que não sou ... nem sei)

Júlia



Canção da Coragem

Nem que a morte me soltasse
todas as velas do sangue
deixaria a minha casa
como se fosse um culpado.

Nem que a morte me soltasse
todas as velas do sangue.

Nem que a morte me dissesse:
"-- Virás, de noite, comigo...",
eu trairia um amigo.
Nem que a morte me levasse.

Nem que a morte me dissesse.
Nem que a vida me fugisse.

Nem que a morte me fechasse
todas as portas do sonho
deixaria de cantar.
Nem que a morte me calasse.

Nem que a morte me fechasse
todas as portas do sonho.

Nem que a morte acontecesse
bem por dentro dos meus olhos
eu deixaria de ver
todo o amor de joelhos.

Nem que a morte acontecesse
ou, meu amor, eu cegasse.

Ai, nem que a morte viesse
como só vem a tristeza
eu me dava por vencido.
Nem que a morte me doesse.

Ai, nem que a morte viesse
como só vem a tristeza.

E se a morte violentasse
as paredes do meu peito
meu coração lá estaria
como uma rosa de esperança.

Como um pássaro de sangue
poisado nas tuas mãos.

(Joaquim Pessoa in Amor Combate)

8 comentários:

Maria Carvalho disse...

Para o Poeta, para ti, Júlia, o meu sentimento é igual! Beijos.

Anónimo disse...

Agradeço a tua amizade, mais os versos do Joaquim Pessoa que nos deixaste.

A cada momento é preciso reenventar a coragem, todos os dias. É preciso lutar e vencer.

Beijinhos

Anónimo disse...

Reinventar (errata) ;)

augustoM disse...

Julinha a amisade só tem sentido na sinceridade.
Um beijo. Augusto

Fátima Santos disse...

Júlia dá uma vista no meu post de hoje sobre o encontro de poesia. Um abraço e boa semana!

Conceição Paulino disse...

já foste à seila? parece k nos andamos apassear de mão dada....lol Bjocas e ;)

Avó do Miau disse...

Textos muito lindos!
Até breve!

Conceição Paulino disse...

quem inventa a coragem, quem s einventa É coragem viva. Bjoca de luz e paz