Nasceu em Pinhel, em 19 de Junho de 1923 e foi morto por uma brigada da PIDE na antiga Rua da Creche (actual Rua Jose Dias Coelho) no dia 19 de Dezembro de 1961. Tinha 38 anos.
Artista plástico, estudou na Escola de Belas-Artes de Lisboa, de onde foi expulso por um ano (daquela e de todas as escolas do país) em 1952, num processo escolar que envolveu 81 alunos por se terem solidarizado com o colega Antonio Alfredo, acusado de ter inscrito a palavra PAZ nas paredes da escola.
Expôs nas EGAPs, Exposições Gerais de Artes Plásticas (1946-1956), na SNBA, e pertenceu, com muitos outros, à sua equipa organizadora.
Grande activista do MUD Juvenil liderou a Comissão de Escola de Belas Artes e integrou a sua direcção universitária em 1947 quando o processo de luta estava ao rubro com a prisão consecutiva de todos os principais dirigentes.
Militante do PCP desde 1942, ligado inicialmente às Juventudes Comunistas, passou à clandestinidade em 1955.
Quando o mataram era o responsável pelo Sector Intelectual na Direcção do Comité Local de Lisboa.
João Abel Manta, um amigo de sempre, lembrou-o assim em 1974.
9 comentários:
A única palavra que tenho para te dizer é "obrigada, Júlia".
Um beijo
Continuamos todos a aprender contigo. A nossa memória também não se apaga por tua causa. Beijo enorme.
...a História que os nossos jovens desconhecem!...Beijinhos!Obrigada!
Nem todos os jovens a desconhecem! E até alguns sabem mais, o Escultor José Dias Coelho ia para casa de Mário Castrim em Alcântara, quando reparou que era seguido por uma brigada da PIDE e quando tentou fugir para não denunciar a casa de apoio foi barbaramente abatido.
Olá, Júlia:
Mas que belo texto que nos arranjaste! (Vou roubá-lo!). Um beijinho.
(O fundo negro do teu blogue não facilita a leitura de letra tão pequenina. Faz lá uma letra mais generosa... :)
Olá Pedro,
Todos podem e devem tirar do meu blog o que possa interessar. Fico, aliás, muito lisongeada com o facto de saber que apreciam o meu trabalho de investigaçao.
Apenas espero que quem o faça tenha a honestidade intelectual suficiente para referir as fontes.
Isto não é especialmente para ti, porque sei que não precisas deste tipo de avisos, mas para Todos aqueles que me têem "surripiado" ideias e textos omitindo o meu nome... e são MUITOS, sobretudo no que a José Dias Coelho diz respeito.
Beijinhos.
Parece que tive azar com o meu comentário...
Não, Pedro. Eu apenas aproveitei a "boleia" para mandar uns recadinhos a todos os ladrões de verdade.
(Um dia destes ainda me dá uma "maluqueira" e escarrapacho tudo aqui no blog, com nomes, etc etc e aí até podem aparecer nomes insuspeitos de investigadores galardoados e tudo!)
Desculpa... isto não tem nada a ver contigo.
Sempre a considerar-te.
Beijinhos
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