Não se fala de amor em línguas mortas
Não se consegue a lua rastejando
Não tens amigos se fechares as portas
Não há cravos se os fores arrancando
Não se constrói a força abandonando
As armas conquistadas a vitória
Não se faz o futuro regressando
Ao buraco que temos na memória
Não se avivam as tardes de vermelho
Com demãos de betume e tinta preta
Não se acende a manhã com papéis velhos
Não se chega sem ir em linha recta
in Vasco da Costa Marques, Algumas Trovas de Haver o Mar e Um Post Scriptum, Campo das Letras, 2003, p.82
2 comentários:
Vim apenas deixar-lhe Bom dia :)
Gostei deste poema!! Beijos.
Enviar um comentário