quinta-feira, outubro 08, 2009

Mário Murteira: voto António Costa


Porque apoio a
CANDIDATURA DE ANTONIO COSTA À CÂMARA DE LISBOA

Com mais de setenta anos de vida, e uma curiosidade insaciável pelo mundo que me cerca, tenho viajado um pouco por todo o lado. Assim, estive em cidades variadas como Nova Iorque e São Francisco, São Paulo e Rio de Janeiro, Paris e Roma, Estocolmo, Budapeste e São Petersburgo, Luanda, Maputo e Cidade do Cabo, Goa, Mumbai e Nova Deli, Xangai e Pequim.

Por isso, posso afirmar com convicção e segurança: Lisboa é uma das mais belas cidades do planeta. Pelo seu contexto histórico e cultural, como também pelo seu quadro geográfico original. Lisboa é preciosa quer pela sua História, quer pela sua Geografia.

Por outro lado, num tempo em que a globalização, precisamente, ameaça a identidade da história e da geografia de cada «local», é necessário saber e poder valorizar a diferença específica de Lisboa, e ao mesmo tempo assegurar a competitividade estrutural e o desenvolvimento sustentado dessa economia urbana.

Sem esquecer que Lisboa é capital duma economia europeia periférica e deverá contribuir para um posicionamento favorável à convergência real da economia portuguesa nesse quadro europeu.

Com tais propósitos, importa formular e praticar estratégias coerentes em domínios variados como os seguintes:

•Defesa e recuperação do património histórico de locais e monumentos identitários da cidade.
•Valorização de áreas da cidade actualmente marginalizadas ou sub-aproveitadas mas que poderão contribuir decisivamente para o bem-estar dos lisboetas e para a valorização turística da cidade, como a zona ribeirinha, a Baixa pombalina, Ajuda e Belém, a possível complementariedade da chamada "Outra Banda".
•Promoção social e humana de áreas da periferia lisboeta, em que subsistem focos de violência, prostituição e droga, apesar de esforços feitos para a sua superação.

Enfim, em termos mais transversais e comuns, trata-se de assegurar, à escala urbana, infra-estruturas básicas e «amigas do ambiente» em matérias como transportes e comunicações, produção e distribuição de energia, além de serviços sociais de boa qualidade e acesso generalizado, quanto a educação e saúde.

Uma nota ainda, sobre um tema de grande delicadeza e actualidade, a por vezes chamada democracia cultural, que seria uma última etapa, do processo que na Europa passou, em primeiro lugar, pela democracia política, mais tarde pela social e finalmente, cultural. Portugal conquistou tardiamente a democracia política, está a procurar realizar a democracia social e defronta agora o último estádio do processo. Quando os movimentos migratórios, nos dois sentidos, se intensificam, e se multiplica a diversidade étnica e cultural, a criação de espaços favoráveis à convivência inter-cultural é objectivo primordial.

Este processo é particularmente necessário e delicado numa cidade como Lisboa.

É perante este quadro muito complexo, e ao mesmo tempo, exigente, que se torna necessária uma gestão realmente motivada pelo interesse público, numa democracia avançada política, social e culturalmente.

Por tudo isto, confio na personalidade de António Costa para se empenhar com seriedade e competência, em lugar de estratégias oportunistas de marketing pessoal, no desenvolvimento sustentado da cidade em que nasci.
Mário Murteira
Professor Catedrático Jubilado e Professor Emérito do ISCTE

1 comentário:

stº antónio ás costas disse...
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