O meu apoio a António da Costa e à sua equipa para a eleição do governo da maior autarquia nacional é um dever de consciência e um imperativo de cidadania.
Não é só por razões de alternativa (ou falta dela) que subscrevo de coração aberto esta candidatura; é certo que os perigos que decorrem da possibilidade de uma vitória eleitoral da Direita são reais, mas essa razão não seria só por si suficiente para uma opção que precisa, antes der tudo, de ser consciente e responsável.
Na verdade, o que se passa é que Lisboa precisa que o bom trabalho de António Costa realizado no mandato que cessa seja, esforço sério para arrumar a casa desmantelada e travar favorecimentos e clientelismos, seja incrementado pelos eleitores e reforçado na sua expressão política.
Lisboa precisa de uma gestão democrática que alie o conhecimento responsável dos muitos e graves problemas que detém (a cabal gestão dos bairros, do património histórico mal conservado, dos museus carecentes de animação, da habitação envelhecida, da segurança fragilizada, da saúde precária, etc etc) à sensibilidade para os saber enfrentar, caso a caso, com intervenções cirúrgicas no tecido urbano que resguardem as suas valências patrimoniais e com medidas que favoreçam a qualidade de vida das populações.
Lisboa merece ser governada segundo o ponto de vista e a noção de uma Cidade aberta, limpa, que seja moderna justamente por se saber revitalizar em pleno respeito pelas suas memórias e remanescências, capaz de gerar sinergias entre os bairros e com as pessoas, animada por uma saudável comunhão com o rio e as colinas, apta a fixar população jovem nos bairros históricos, e que assegure necessários equipamentos sociais, que melhore e revitalize os museus municipais e os espaços de cultura aberta, os jardins e espaços de lazer, que garanta a segurança dos cidadãos, que estimule a criação artística e o conhecimento, que saiba inovar -- em suma -- com dimensão de futuro. A revitalização da Baixa Pombalina, tão acarinhada desde sempre por especialistas como o Prof. José-Augusto França, é uma dessas mais-valias.
Não é já o momento para se lamentar mais uma vez a oportunidade perdida de se retomar nesta eleição a experiência tão positiva de uma governação à Esquerda, através da união de interesses político-partidários distintos convergindo em programa para a boa gestão da Cidade. Inviabilizada essa possibilidade, que eu e muitos outros acalentámos como possível e desejável e que vários sectarismos e visões curtas inviabilizaram, este é o momento de unir esforços em torno desta candidatura.
António Costa dá garantias, pelo seu sentido de Estado e pela obra feita em várias instâncias, de que os grandes objectivos da sua candidatura serão encarados com responsabilidade, com espírito plural, com sensibilidade para lidar com os engulhos, abrindo possibilidades para o seu cabal cumprimento. Daí a razão do meu voto.
Não é só por razões de alternativa (ou falta dela) que subscrevo de coração aberto esta candidatura; é certo que os perigos que decorrem da possibilidade de uma vitória eleitoral da Direita são reais, mas essa razão não seria só por si suficiente para uma opção que precisa, antes der tudo, de ser consciente e responsável.
Na verdade, o que se passa é que Lisboa precisa que o bom trabalho de António Costa realizado no mandato que cessa seja, esforço sério para arrumar a casa desmantelada e travar favorecimentos e clientelismos, seja incrementado pelos eleitores e reforçado na sua expressão política.
Lisboa precisa de uma gestão democrática que alie o conhecimento responsável dos muitos e graves problemas que detém (a cabal gestão dos bairros, do património histórico mal conservado, dos museus carecentes de animação, da habitação envelhecida, da segurança fragilizada, da saúde precária, etc etc) à sensibilidade para os saber enfrentar, caso a caso, com intervenções cirúrgicas no tecido urbano que resguardem as suas valências patrimoniais e com medidas que favoreçam a qualidade de vida das populações.
Lisboa merece ser governada segundo o ponto de vista e a noção de uma Cidade aberta, limpa, que seja moderna justamente por se saber revitalizar em pleno respeito pelas suas memórias e remanescências, capaz de gerar sinergias entre os bairros e com as pessoas, animada por uma saudável comunhão com o rio e as colinas, apta a fixar população jovem nos bairros históricos, e que assegure necessários equipamentos sociais, que melhore e revitalize os museus municipais e os espaços de cultura aberta, os jardins e espaços de lazer, que garanta a segurança dos cidadãos, que estimule a criação artística e o conhecimento, que saiba inovar -- em suma -- com dimensão de futuro. A revitalização da Baixa Pombalina, tão acarinhada desde sempre por especialistas como o Prof. José-Augusto França, é uma dessas mais-valias.
Não é já o momento para se lamentar mais uma vez a oportunidade perdida de se retomar nesta eleição a experiência tão positiva de uma governação à Esquerda, através da união de interesses político-partidários distintos convergindo em programa para a boa gestão da Cidade. Inviabilizada essa possibilidade, que eu e muitos outros acalentámos como possível e desejável e que vários sectarismos e visões curtas inviabilizaram, este é o momento de unir esforços em torno desta candidatura.
António Costa dá garantias, pelo seu sentido de Estado e pela obra feita em várias instâncias, de que os grandes objectivos da sua candidatura serão encarados com responsabilidade, com espírito plural, com sensibilidade para lidar com os engulhos, abrindo possibilidades para o seu cabal cumprimento. Daí a razão do meu voto.
Vitor Serrão
Historiador de Arte / Professor Catedrático
1 comentário:
anda lá mais uma que este esta apaixonado deve ser pelos caminhos das Índias. tá na moda
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